Dentro do circuito de festas em homenagem à Iemanjá, no dia 02 de Fevereiro, no Rio Vermelho, um dos destaques foi o Balaio do Artesanato da Bahia. O evento foi um dos poucos espaços democráticos, que ofereceu acesso gratuito aos visitantes, com atividades durante todo o dia, envolvendo ações culturais e religiosas, sustentabilidade e entretenimento.
O evento, que teve realização do Governo do Estado em parceria com a Comunidade Cidadania e Vida (Comvida) e Associação Beneficente Ilê Axé Ojú Onirê, iniciou com um ato entre representantes públicos, lideranças religiosas e a comunidade do artesanato no Parador Z1 Bar. Eles trouxeram em pauta a diversidade e a valorização do artesanato baiano.
“Momento de celebração da cultura popular e da nossa religiosidade. Desenvolvemos essa ação na SETRE, com apoio de diversas organizações, e em conjunto com as religiões de matriz africana e os povos indígenas temos fortalecido a causa do artesanato, colocando a Bahia como referência de fomento a essa arte ancestral, dando aos nossos artesãos e artesãs a valorização que merecem”, disse Augusto Vasconcelos, titular da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE.
Em seguida, um cortejo guiado pelo babalorixá Pai Pote entregou um balaio ecológico – feito através de oficinas gratuitas na SETRE, comandadas pela Oju Onirê – para sacramentar os agradecimentos à Rainha do Mar.
“Fizemos um balaio de amor e carinho buscando a conscientização para as causas de matriz africana. Queremos alertar não só o povo do terreiro, mas toda comunidade para a preservação da natureza. Vamos presentear a mãe das águas sem poluir o mar. Axé para todos”, endossou Pai Pote.
No local do evento foram expostos diversos produtos da economia criativa dos povos tradicionais. Expositores oriundos de Salvador, Camaçari, Simões Filho, Santa Cruz Cabrália e Entre Rios puderam comercializar os seus trabalhos, uma delas foi a artesã Renata Tupinambá, que destacou o protagonismo feminino no artesanato.
“Falar de artesanato e economia solidária é lembrar que a maioria do que é produzido vem das mãos de nós, mulheres, que somos chefes de família e levamos o sustento para as nossas casas. Então é muito importante pra gente estar aqui, junto com os povos indígenas e quilombolas nessa iniciativa”.
As celebrações findaram com música e gastronomia. No local, o público pôde saborear uma tradicional feijoada ao som da DJ Zazi e do grupo de samba Batukada Mix, que trouxe um repertório com grandes clássicos do gênero.
“Muito feliz com o evento. O Balaio do Artesanato da Bahia celebrou a união da tradição da Festa de Iemanjá junto com a caminhada ancestral do Artesanato. Quem ganha com isso é a população, as artesãs e artesãos e toda a comunidade que sobrevive com base nesse ofício. Viva a cultura popular baiana e brasileira!”, comemorou Weslen Moreira, coordenador da SETRE.
O Balaio do Artesanato da Bahia foi uma realização do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), a iniciativa integra os projetos Artesanato de Comunidades Tradicionais e Artesanato da Bahia: Tradição, Ancestralidade e Renda. O projeto contou com parceria das Organizações Sociais Comunidade Cidadania e Vida (Comvida) e Ojú Onirê.
Assista um resumo do que aconteceu no Balaio do Artesanato da Bahia.